sexta-feira, 8 de julho de 2011

Mensagem para o dia 08 de julho

 "PRUDÊNCIA E SIMPLICIDADE" (Mt 10, 16-23)     
                                              
 
 
                                                                                   Durante o meu curso de Teologia no Instituto Paulo VI de Londrina, passei por sérias crises. Quase fui mandado embora do Seminário. Éramos 11 Seminaristas, das Províncias Eclesiásticas de Maringá e Londrina. Éramos a 1ª turma do Curso Teológico das duas Províncias. As aulas foram assumidas pelos Freis Capuchinhos. Havia muitas dificuldades em todos os sentidos. O Reitor viajava muito e parava pouco no Seminário e quando estava presente havia pouco interesse por nós. Éramos tratados com inferioridade. O clima foi ficando insuportável.
                                                                                  Certo dia, organizamos uma carta aos Bispos das duas Províncias fazendo vários pedidos. Entre eles, pedimos a troca do Reitor. Como era ele mesmo que ia levar a carta aos Bispos, fizemos uma reunião com  ele e lemos a carta. Sendo eu que li a carta, fiquei marcado como líder de revolução. O Reitor ficou nervoso, mas levou a carta. Ficamos todos anciosos. No dia seguinte, havia um papel no mural, com a resposta dos Bispos. Todas negativas. Não houve nenhuma reunião para nos explicar. O nervosismo foi geral. Seguiram outros desdobramentos. Fomos chamados pessoalmente pra conversar na sala do Reitor. Depois enviados para conversar com o nosso Bispo.
                                                                                 Era uma manhã de sábado e Dom Domingos (de saudosa memória) nos recebeu com certa indiferença. Parecia estar bravo conosco. Éramos apenas dois Seminaristas de Apucarana: Luiz Antônio Burim e eu. Parecíamos réus no tribunal e íamos ser julgados pelo juíz. Ficamos pensando no que íamos dizer ao Bispo. Devíamos dizer a verdade com simplicidade. Foi isso que Jesus orientou aos Discípulos: Ser prudentes como as serpentes e simples como as pombas! (Mt 10, 16-23). Depois de um tempo de espera o Sr. Bispo nos atendeu, nos deu umas broncas e depois nos orientou e ajudou.
                                                                                É confirmada a orientação de Jesus, que não é preciso preparar discursos em nossa defesa quando formos acusados. Se agirmos pela verdade, prudência e simplicidade o Espírito Santo falará por nós. Claro que tem que ser dentro da verdade. O Espírito Santo não age na mentira. Jesus enviou os Discípulos como ovelhas no meio de lobos e os avisou que seriam perseguidos até pelos próprios parentes. Mas que não precisavam preparar palavras de defesa. 
                                                                                Essas Palavras de Jesus também são válidas pra nós. Devemos ter cuidado com a maldade humana, mas não ter medo nem abandonar a missão. Sei que a maldade do inimigo é grande, mas se ficarmos unidos venceremos! Por isso que continuo insistindo para rezarmos juntos e trabalharmos unidos...

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